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O Que Fazer No Sri Lanka em 7 dias: Rota do Chá do Ceilão

O que fazer no Sri Lanka? Foto: David Mattatia

Assim que estávamos decidindo o que fazer no Sri Lanka em apenas 7 dias, um roteiro me chamou a atenção: a rota do chá do Ceilão!

Provavelmente o roteiro mais charmoso do Sri Lanka, ela é ideal não apenas para amantes do chá como nós, como também para amantes da natureza.

No nosso programa incluímos treks entre as cênicas colinas recobertas de chá da região de Bogawantalawa, como também cachoeiras. O charme colonial de algumas cidadezinhas como Ella também não poderiam ficar de fora. Para isso programamos também pelo menos um trecho de trem, nada mais nada menos que um dos mais lindos passeios de trem ao mundo.

Normalmente visto como uma simples conexão para casaizinhos rumo às Maldivas ou uma viagem para bicho-grilos, o Sri Lanka, também conhecido como a pérola do Oceano Índico, tem tanto à oferecer que fica difícil escolher o que ver em tão pouco tempo.

Nós optamos por templos, plantações de chá, passeios de trem e muitos treks, além de elefantes (só pra citar o básico) e decidimos deixar as praias de fora.

O roteiro desse post descreve uma viagem de 8 dias (intensos) na região montanhosa Central e a província de Uva. 

O Que Fazer no Sri Lanka em 7 dias

Comecei a road trip com meu parceiro e depois continuei sozinha pelos últimos 3 dias, o que me deu uma perspectiva diferente, mesmo que por pouquíssimo tempo. 

Nossa road trip consistiu basicamente de:  

Negombo (1º dia) - Pinawalla (2º dia) - Nuara-Ellyia (3º dia) - Ella (3º ao 5º dias) - Pollonaruwa (6º dia) - Minneryia - Sigiriya - Dambulla (7º dia) - Aeroporto (8º e último dia).

Deixamos pra lá a idéia de ir até Anuradhapura (a mais antiga capital) pois as ruínas em Pollonaruwa (a segunda capital do país, também patrimônio da UNESCO) estão bem melhor conservadas.

Além do mais, o sítio arqueológico de Pollonaruwa é de mais compacto e simples de visitar. 

Por causa do tempo curto, também decidimos pular a capital (Colombo) e seguir direto para uma cidadezinha litorânea chamada Negombo, distante 27 Km do aeroporto.

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Negombo é uma cidade de pouco interesse turístico mas é uma boa alternativa para dormir no litoral, fora do agito de Colombo, portanto se o seu vôo for noturno e se a sua idéia for fugir do caos, eis aqui uma boa pedida.

Infelizmente amanhecemos com chuva e não conseguimos visitar o mercado de peixe e nem a praia. Too bad. Portanto, nada à comentar. 

Abaixo enumero os highlights da nossa viagem, os pontos que ficarão para sempre em nossa memória:

13 imperdíveis da rota de chá do Ceilão

1.Angurukaramulla (Negombo)

De Colombo rumamos diretamente para Negombo. Chegamos

O templo faz sorrir não somente pela entrada (que mais parece a de um parque de diversões) mas também pelo estilo fusion, com elementos emprestados do hinduísmo com ligeiros toques de catolicismo (pois é..... haha).

Angurukaramulla, templo budista em Nemgombo, Sri Lanka. Foto: Patti Neves

Angurukaramulla fica em uma região 90% católica, o que é explicado pela passado colonial da ilha.

Muita gente não sabe mas os portugueses foram os primeiros colonizadores do território batizado de Ceilão Português (1505 à 1658). Nessa época era de praxe além de procurar especiarias, entuchar o catolicismo nas (a-ham) vítimas locais.

Pena que não encontrei evidências dessa influência nas artes religiosas, pelo menos não na internet. Mas olhando algumas das imagens abaixo, minha imaginação me traiu a ponto de pensar que estava diante de alguma obra barroca, mega rebuscada.

Angurukaramulla templo, Sri Lanka. Foto: Patti Neves

Confesso que nunca havíamos visto um templo budista parecido com este. E olha que já são quase 3 anos morando na Ásia...

Onde ficar em Negombo:

Nós ficamos em um hotel simples, Blue Water Boutique Hotel

O café da manhã deles é decente e o hotel tem um terraço com vista pro mar e conexão Wi-Fi (coisa ainda rara no Sri Lanka)! Perfeito para quem só está de passagem por uma noite.

Uma alternativa de alojamento bem mais "fancy" (recomendada por amigos) seria o Heritance Negombo.

Veja se vale a pena investir, dependendo de suas prioridades.

2. Tomar café da manhã com os elefantes

De Negombo rumamos diretamente pra Pinawalla ( à 300 Km), observar os elefantes do orfanato se banharem no rio Maha Oya.

O Sri Lanka é reconhecido pelas inúmeras reservas naturais, e os elefantes somam 3.000 no país. 

Existem muitas alternativas para observar esses majestosos animais, mas acordar com eles na nossa porta foi inesquecível.

O que fazer no Sri Lanka? Que tal um café com elefantes? Foto: David Mattatia

Se você quiser saber todos os detalhes de Como Tomar Café Da Manhã Com os Elefantes escrevi um post específico sobre o assunto.

Obs. Você vai se surpreender com o custo total. 

Os detalhes de acomodação em Pinawalla também estão no mesmo link.

3. Trajeto de trem de Nuwara Eliya - Ella

Nuwara-Eliya, também chamada pelos locais de “Little England” é uma cidadezinha nas montanhas conhecida pela herança British, e claro, o indefectível clima de merd.. ops, de chuva. Para os apreciadores de chá existem campos da popular Lipton à perder de vista e é possível fazer inúmeros treks na área.

Alguns viajantes passam vários dias por ali, aproveitando a neblina e o ar fresco, mas a grande maioria passa de trem, na famosa linha Kandy - Ella (5 horas de viagem).

Esse trajeto, descrito por alguns como um dos mais belos do mundo, atravessa vales, florestas e pontes panôramicas, mas como a gente não estava na vibe de passar 5 horas no trem, decidimos abreviar a empreitada e pegar só a parte final, no trajeto Nuwara-Eliya - Ella (2 horas e 1/2).

Estação de trem de Nuwara-Eliya. Foto: Patti Neves

Realmente a viagem de trem não decepcionou, o visual é realmente espetacular.

Com escolhas entre terceira (1,50 US$) e primeira classe (US$ 7), há diversão pra todos os tipos de viajantes.

O conselho dos bicho-grilos é pegar a terceira classe, onde todo mundo pode sentar tranquilamente à porta e tirar lindas fotos, mas no dia em que fomos, não havia essa opção, portanto não houve escolha.

Nuwara-Eliya - Ella, Sri Lanka. Foto: David Mattatia

Na primeira classe as janelas estão sempre fechadas por causa do ar condicionado, mas com um pouquinho de jeito foi possível abrir uma das portas e à partir daí foi só alegria. 

A neblina e a chuva do começo não demoraram a sumir assim que o trem começou a descer a serra, por isso não desanime mesmo se o tempo estiver feio (o tempo “british” dessa região é marca registrada).

Se você quiser dormir na região, existem boas opções de hospedagem na área:

4. Visitar o Nine Arch Bridge em Ella

Ella está para o Sri Lanka como a Tailândia para o Sudeste Asiático: é lá que se concentram todos os mochileiros, descolados e nômades digitais da área. 

Também pudera, com seu clima montanhoso e fresquinho, é muito fácil passar no mínimo 3 dias explorando a área (e foi exatamente o que fizemos).

As vistas das pousadas são uma atração à parte, a cidade é mega chill.

Nossa varanda no Ella Gap Panorama, Sri Lanka. Foto: David Mattatia

Escolha cuidadosamente onde você passará os pores-do-sol (existe plural ?) pois o que não falta é lugar para plantar o seu time-lapse.

Em Ella nós ficamos no Ella Gap Panorama, com uma varanda fabulosa, um quarto bem espaçoso e o café da manhã incluído. De lá dava pra sair facilmente para jantar no centrinho à noite (5 min de tuk tuk).

A Demodara Nine Arch Bridge, atracão das redondezas, foi construída durante o período de colonização inglesa e é a ponte de nove arcos que liga as estações de trem entre Ella e Demodara. 

A ponte é super fotogênica e parece meio que plantada em um jardim (na verdade uma imensa plantação de chá). O interesse dos viajantes por ali é relaxar entre um trek e outro e encontrar algum café bacana para apreciar a vista.

O The Cabin Ella tem uma vista mará e é uma ótima idéia para quem pretende se hospedar perto do Nine Arch.

Se você decidir ficar nessa área, fica super fácil para fazer o trek no Little Adam's peak.

Alguns lugares do mundo se tornaram “atrações imperdíveis” da noite pro dia graças à alguns Instagrammers e seus milhares de seguidores.

 Para o bem ou para o mal, o Nine Arch Bridge é um exemplo típico. 

Home-made Ceylon Ice Tea, Cafe Chill @ Ella. Foto: Patti Neves

No centrinho de Ella, recomendamos o Cafe Chill. Delicioso!

A vibe é descolada a noite com música eletrônica e muito charme, mas não chega assim a ser uma "balada". Em Ella todo mundo dorme cedo. 

5. Trekking no Little Adam’s Peak (Ella)

O trek dura somente 30 min e é de nível fácil. As vistas são de tirar o fôlego!

Como chegar:

Pergunte aos moradores sobre o começo da trilha.

Ela começa em meio à plantações onde você poderá encontrar as mulheres Tâmil, as indianas imigrantes que chegaram ao Sri Lanka especialmente para recolher as folhas jovens de chá.

A subida parece suave, mas ficará mais dura com o calor. No final você encontrará uma sequência de escadas chatas e um mirante com estátuas simples de Buddha (1.141m). De lá, recomendamos continuar à seguir a trilha pela crista da montanha.

Little Adam's Peak, Sri Lanka. Foto: Patti Neves

Não desanime quando encontrar uma grande descida rochosa e uma outra subida chatinha.

Vá até o mirante final, onde a vista das montanhas é realmente excepcional.

6. Trekking na cachoeira Diyaluma Falls (Ella)

Diyaluma falls, Sri Lanka. Foto: David Mattatia

Diyaluma Falls foi o melhor dos highlights da nossa expedição em Ella!

São várias piscinas naturais em uma sequência de quedas que levam até um penhasco de 200m, onde a “piscininha final” derrama em uma piscinona mais profunda, à beira da estrada. 

Diyaluma é a segunda maior cachoeira do Sri Lanka!

Pena que ficou bem difícil fotografar. As fotos abaixo não fazem justiça.

Cachoeira de Diyaluma, Sri Lanka. Foto: David Mattatia

Como chegar

Aqui voce terá duas escolhas: subir à partir da estrada (consulte as barraquinhas dos ambulantes) ou alugar um tuk tuk e começar a trilha diretamente do alto.

Se você decidir subir direto da estrada por conta própria, tente se informar com os locais (boa sorte), pois encontrar a trilha não nos pareceu nada evidente.

Alguns dos vendedores de beira da estrada se passam por guias mas exageram no preço (e não aceitam negociar). 

Diyaluma falls, Sri Lanka. Foto: Patti Neves

Como alternativa, você poderá ir de tuk tuk até a Makaldenya Junction (na Poonagala Road) de onde fará um trek leve, na maior parte descendo, para encontrar a primeira sequência de quedas.

Essa foi a nossa lazy escolha. 

O trek até a primeira queda levou em torno de 30 min em campo aberto e depois em matagal fechado (a trilha está meio apagada e parece não receber muita manutenção). Você vai chegar em uma intersecção onde a trilha se divide. Vire à direita e siga o ruído da cachoeira.

Bônus: As piscinas de Diyaluma ainda não eram muito conhecidas quando fomos, mas hoje em dia você pode reservar um passeio diretamente com o nosso parceiro aqui. Isso evitará perda de tempo e grandes negociações com pseudo-guias.

Você terá grande chances de passar boa parte do dia aproveitando o lugar só para você se você estiver por lá na baixa estação (Maio-Agosto).

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7. Ella Rock Trekking

A pesquisa para encontrar o “começo” da trilha foi tão intensa, que acabou virando piada. 

A verdade é que todos os blog posts de 5 páginas e conselhos dos locais se revelaram completamente inúteis no que batizei “a trilha do Saci Pererê”.

Eram tantos caminhos indo do nada à lugar nenhum que seria impossível arriscar descrever um itinerário pra vocês aqui.

Conselhos de como chegar:

A única dica real é seguir a estrada de ferro de Ella até os arredores da Kithaella Train Station. De lá existem duas escolhas: virar à esquerda antes da estação ou passar pela estação e virar à esquerda alguns metros depois (pois é... ha ha).

Preste atenção nos trilhos pois os trens são bem regulares por ali (em um momento a gente teve que correr para o mato)! 

No caminho da roça. Ella Rock trek (Sri Lanka). Foto: David Mattatia

Assim que você entrar em uma floresta de eucaliptos, pode começar a comemorar. Dali em diante é só subida (40 min de trek intenso) até encontrar a razão de todo esse auê.

Obs. Essa trilha é bem conhecida, então a famosa regra do “quem te boca vai à Roma” funciona bem.

Não vale a pena pagar um guia.

8. Lipton Seat / Visita a uma manufatura de chá

Lipton seat nada mais é do que uma vista mará no topo de uma montanha que mais parece um jardim gigante de chá.

O conselho aqui é saber o exato momento de subir ao ponto de vista, já que no final da tarde a neblina acaba escondendo o topo (exatamente onde você estará) e o risco de voce conseguir uma bela vista misteriosa é grande.

Lipton Seat, Haputale, Sri Lanka. Foto: Patti Neves

Como chegar

Se o topo estiver encoberto, a boa notícia é que o prêmio de consolação consiste em uma visita à uma manufatura de chá na região. 

Visitamos a tradicional Dambatenne Factory (1.566m de altitude), fundada por Mr. Thomas Lipton em 1890 (que na verdade era Escocês!)

A visita foi interessante mas o ponto negativo foi a falta de uma degustação no final (buuuhhh).

Compramos estoques de chá pra trazer para casa mesmo assim!

9. Ruínas de Polonnaruwa

Polonnaruwa foi a segunda capital do Sri Lanka. Devido à complexidade do sítio arqueológico, ela merece um post à parte.

Você pode fazer ar ruínas de bike, tuk-tuk ou até mesmo de carro com ar-condicionado. Acredite, você vai passar muito calor, pois a antiga cidade (site da UNESCO) fica na zona mais quente do Sri Lanka.

Algumas peças estão super conservadas como os magníficos Buddhas entalhados em um gigantesco bloco de pedra (Gal vihara).

Gal Vihara, em Pollanaruwa, Sri Lanka. Foto: Patti Neves

Já outras ruínas são exatamente o que o nome diz: ruínas. Se você não tem um interesse especial em história, talvez esse não seja o lugar pra você.

Um dia é suficiente para a visita do sítio todo. Você pode se hospedar em Polonnaruwa (preferível) ou Dambulla (desaconselhável)*.

Custo de entrada: 25 US$

Dress Code: Padrão para templos budistas: ombros cobertos e bermuda/saia/sarong abaixo dos joelhos. Também é necessário entrar descalço em alguns espaços. Leve meias para proteger os pés do calor.

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Dica: Se você estiver em viagem relâmpago e não quiser negociar com motoristas locais use o nosso link para reservar seu passeio diretamente de Colombo à Polonnaruwa.

Além de economizar tempo você ainda me ajuda a manter o blog (eu ganho uma pequena comissão mas você não paga nenhum extra por isso)!

O Vatadage, templo construído para abrigar o dente de Bhudda. Foto: Patti neves

Opções de hospedagem na área:

10. Safari em Minneriya

Fazer um safári é a maneira mais fácil de observar animais selvagens. Se você está procurando elefantes, Minneriya é uma reserva pequena, distante apenas 22 Km de Polonnaruwa. Tenha em mente de que os animais não estão "garantidos" no tour, mas a possibilidade de vê-los é bastante alta. 

Obs: na parte da manhã você terá muito chances, além de uma luz excepcional para fotografar. 

Ponto negativo: o preço, bem salgado para os estrangeiros, se comparado aos preços para locais, que são ridiculamente insignificantes.

Elefantes de Mynneria. Foto: TripAdvisor

Horários: 6 a.m. ou 3 p.m.

Duração: 3 horas

Custo: 65 US$ no website

Outras alternativas:

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11. Trekking em Pidurangala

Distante poucos Km de Sigyria (e relativamente desconhecida), oferece uma vista maravilhosa da “Lion Rock”, o monumento mais visitado do Sri Lanka.

Trekking curto e bacana para fazer ao nascer/pôr do sol. 

Como eu estava sozinha nessa parte da viagem, confesso que não me animei de começar o trek solo no escuro. Além do mais eu não tinha uma "headlamp".

Vista de Sigiriya, à partir de Pidurangala Rock. Foto: Patti Neves

O tuk-tuk me deixou na porta do Monastério as 7 da matina e assim que paguei as taxas, recebi um folhetinho explicativo:

"Escadaria de pedras irregulares nos primeiros 20 min de subida (até o Bhudda deitado), em seguida caminho íngreme e sem demarcações sobre grandes rochas até o topo (10 min). Desaconselhável subir sozinho, reserve a visita guiada. 

Como não havia ninguém ao meu redor (além do monge que me vendeu o tkt) e eu estava com um pouco de pressa, resolvi arriscar.

Confesso que hesitei um pouco para encontrar o caminho na subida final, mas não foi difícil. Tenha em mente que você precisará dos dois braços livres para escalar “big bolders” e em algumas passagens deverá se arrastar por debaixo das rochas. 

Pois é. Você vai se sentir a Indiana Jones de saia quando estiver passando embaixo de uma gigante rocha redonda.

Custo: 5 US$

Preço: Não tem preço. Eles também não aceitam Mastercard 😬

Dress Code: Se vista adequadamente quando passar pelo monge para comprar o ticket (ombros cobertos e um sarong abaixo dos joelhos). 

Uma vez na trilha livre-se das roupas desnecessárias. Eu levei uma canga para amarrar em volta do shorts. Se eu estivesse realmente de saia longa ou calça larga teria tido dificuldades para subir até o topo.

Não aconselho essa trilha para crianças ou pessoas idosas.

O que seria dos viajantes solitários sem a função automática da câmera? Foto: Patti Neves

12. Cidadela de Sigiriya - Lion Rock

Site UNESCO número 1 do Sri Lanka, a impressionante formação rochosa tem uma estória que mais parece uma fábula.

Construída no topo de uma rocha vertical de 370 metros de altura, segundo a antiga crônica do Sri Lanka (Culavamsa), o lugar de acesso mega complicado foi escolhido pelo rei Kasyapa (477 - 495 DC) para a sua nova capital.

Em um pequeno platô a meio caminho do topo, ele construiu um portal na forma de um enorme leão onde o acesso principal se dava pela boca. 

As patas do leão ainda estão lá.

Sigiriya (UNESCO). A maior atração turística do Sri Lanka. Foto: Patti Neves

O nome (Sigiriya) é derivado dessa estrutura: Shagiri, a Pedra do Leão. A capital e o palácio real foram abandonados após a morte do rei.

No topo, restaram as piscinas, alguns jardins e a demarcação do trono. 

É relativamente fácil de subir (15-20 min), sendo as únicas dificuldades reais o calor e a massa de turistas. Eu subi sozinha logo após o hike de Pidurangala, não é necessário guia, mas claro, isso fica à teu critério, já que esse é um lugar histórico super interessante.

Se você estiver inseguro, correndo, sozinho ou whatever há sempre a possibilidade de reservar um guia e ir diretamente ao ponto.

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Tarifa de Sigiriya: 30 US$

Dress Code: não existem templos no topo, portanto shorts e tops são permitidos.

Topo de Sigiriya. Nem todo mundo está interessado na vista. Foto: Patti Neves

Onde dormir em Sigirya:

Apesar de não ser barato para os padrões locais, o  Hotel Sigirya é bem concorrido por causa da vista espetacular da "Lion Rock" diretamente da piscina.

Uma opção alternativa bem bacana (e mais barata)  é a casa da árvore de Pidurangala, a Back of Beyond (mega concorrida pois o lugar vive bombando no Instagram). A casinha fica bem meio da floresta e e perfeita para quem curte observar pássaros exóticos.

Infelizmente não consegui reservar. Se você conseguir, escreva um comentário pra gente, quero saber de tudoooo! 😉 

Back of Beyond , recomendação do PolkaDotPassport. Crédito: Nicola

13. Cave temple / Golden Temple Museum (Dambulla)

Cave Temple foi minha terceira subida íngreme (15 min) em uma maratona de hikes/sightseeing que eu mesma me impûs no penúltimo dia porque eu não queria perder absolutamente nada! (ahloka)...

É possível fazer os três (Pidurangala, Sigiriya e Cave Temple) no mesmo dia desde que você esteja na região, acorde bem cedo e seja uma pessoa fit - mas considere que o tempo para subir também dependerá da quantidade de turistas no seu caminho. Eu tive sorte de estar lá na baixa estação.

Para os apressadinhos é possível fazer 2 desses 3 passeios os passeios à partir de Colombo. Claro que nesse caso você tem que considerar o tempo de estrada para o retorno. Veja nos links: Pidurangala & Sigiriya ou Sigiriya & Dambulla.

O Cave Temple (UNESCO) remonta ao primeiro século A.C. 

É formado por cinco cavernas embaixo de uma enorme rocha. Dentro das cavernas, os tetos são pintados com padrões super detalhados de imagens budistas acompanhando os contornos da rocha.

Existem centenas de Buda e bodhisattvas, assim como várias imagens sagradas.

Dambulla Cave Temple, Sri Lanka. Foto: Patti Neves

Quase impossível conseguir fotos bacanas com equipamento amador por causa da iluminação mega difícil.

Único conselho: VÁ. E veja com seus próprios olhos. É demais!

Custo: 10 US$

Dress Code: Padrão para templos budistas: ombros cobertos e bermuda/saia/sarong abaixo dos joelhos. Também é necessário entrar descalço. Por causa do calor (e evidentemente da sujeira) não é mau negócio levar meias para proteger os pés.

O museu fica bem abaixo da maior estátua dourada de Buda do mundo (30 m). Não é difícil achar a construção meio kitsch, com neon em letras garrafais e uma procissão de monges levando oferendas em direção à imagem.

Enfim, gosto não se discute.

Golden Temple em Dambulla, Sri Lanka. Foto: Patti Neves

*Conselho para mulheres sozinhas:

Fiz a besteira de dormir uma noite em Dambulla e me arrependi.

Antes tivesse passado mais uma noite tranquila em Sigiriya.

A opção de hotéis de nível intermediário em Dambulla é super medíocre, assim como as opções de alimentação no centrinho da cidade. Se você estiver só, provavelmente não terá muito sossego por lá. Uma boa parte dos homens locais ainda insiste em "oferecer ajuda" andando atrás de você e dando palpites em coisas que você não perguntou.

Há 17 anos viajo sozinha e até agora não tive muitos aborrecimentos em viagens. O Sri Lanka não chega a ser uma mini-Índia, mas em alguns lugares o sexismo perturba bastante.  

Obs: pra quem ainda não entendeu o que isso quer dizer, são comportamentos que não acontecem quando estou acompanhada por um homem ou os quais meu parceiro não sofreria.

Vá preparada! A boa notícia é que é possível ir à qualquer lugar do mundo, simplesmente ignorando os babacas... 😎 

Outros:

A distância de Dambulla - Aeroporto é de 130 Km, mas considere o tráfego e os trabalhos nas rodovias.

Levei 4 horas com um motorista particular.

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O que fazer no Sri Lanka? Foto: Patti Neves

 

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